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Segundo o escritor francês Jean de Léry, que fez parte da expedição francesa que tentou implantar a França Antártica na Baía de Guanabara no século XVI, existia uma aldeia tupinambá no sopé do atual Outeiro da Glória, em uma das foz do Rio Carioca (mais especificamente, a foz do Rio Catete, que era um braço do Rio Carioca). Tal aldeia se chamava Kariók ou Karióg ("casa de carijó") e teria dado origem ao atual gentílico da cidade do Rio de Janeiro, "carioca".
Na região, ocorreram violentos combates entre portugueses e seus aliados indígenas, de um lado e franceses e tupinambás, do outro, durante a expulsão dos franceses da região pelos portugueses no século XVI, pois os franceses e os tupinambás haviam construído uma forte paliçada na área, o Entrincheiramento de Uruçumirim. Em uma dessas batalhas, em 20 de janeiro de 1567, foi mortalmente ferido o líder português Estácio de Sá, que havia fundado a cidade do Rio de Janeiro dois anos antes. O bairro deve seu nome à Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, construída no século XVIII. Em torno da igreja, consolidou-se o povoamento do bairro.
A igreja teve papel de destaque na corte do rei português dom João VI. O imperador brasileiro dom Pedro II batizou-se nela. Nela, também foi batizado o escritor brasileiro Lima Barreto. Atualmente, é o local onde são batizados os descendentes - do ramo fluminense - de dom Pedro II. Até os anos 1930, era considerado o "Saint-Germain-des-Prés carioca", pois, desde fins de 1880, abrigava hotéis que serviam de residência a deputados e senadores em exercício no Rio de janeiro, então capital federal.
Boa parte de seus modelos arquitetônicos e urbanismo inspiraram-se em Paris: basta considerar a Praça Paris, inaugurada em 1929[8], que é um verdadeiro jardim francês. Em 11 de maio de 1881, foi fundada a Igreja Positivista do Brasil no número 74 da atual Rua Benjamin Constant. Tal organização viria a ter um importante papel na Proclamação da República do Brasil, oito anos depois. Em 1899, o bairro foi um dos principais cenários descritos no clássico livro da literatura brasileira "Dom Casmurro", de Machado de Assis, além de estar presente em outros livros seus como "Esaú e Jacó" e "Memorial de Aires". Em 1900, foi inaugurado o Monumento ao Quarto Centenário do Descobrimento do Brasil pelos Portugueses.
HISTÓRIA





Em 1905, foi construído o relógio do Largo da Glória, que continua sendo uma referência arquitetônica do bairro até hoje. Em 15 de agosto de 1922, foi inaugurado o Hotel Glória[9]. Entre os anos 1930 e 1960, os casarões em estilo eclético e boa parte das vilas operárias do bairro foram derrubados para dar lugar aos prédios que caracterizam o bairro atualmente. Nessa época, o escritor brasileiro Mário de Andrade morou no número 5 da Rua Santo Amaro.
Memorial Getúlio Vargas. Ao fundo, à esquerda, o Hotel Glória.
Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, no alto do Outeiro da Glória.
Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro, tipica Igreja Rococó, de José Cardoso Ramalho.
Marina da Glória preparada para as competições do Pan-Americano de 2007.
Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial.
Museu de Arte Moderna do Rio De Janeiro(MAM), projeto do arquiteto Affonso Eduardo Reidy.
Em 1956, foi inaugurado o restaurante "Casa da Suíça", que continua a ser uma referência cultural do bairro até hoje. Em 1965, foi inaugurado o Parque Brigadeiro Eduardo Gomes. Em 1979, foi inaugurada a Marina da Glória. Em 2004, foi inaugurado o Memorial Getúlio Vargas.